A função do diretor vem se modificando no decorrer do tempo: na década
de 70, o diretor era escolhido por grupos políticos influentes na cidade,
mantendo o que chamamos de clientelismo político. Somente a partir da década de
80, foram estabelecidas novas maneiras de escolha dos dirigentes escolares.
Mesmo com essa nova forma de escolha, ainda não podemos afirmar que houve uma
mudança permanente na forma de gerir a escola. Muitos gestores não fazem a
chamada gestão compartilhada ou gestão participativa; ao contrário, muitos
consideram que sua função na escola é de definição, quando, na verdade, eles
deveriam compartilhar as decisões, convidar a comunidade a participar mais e
desenvolver um clima de harmonia com os demais profissionais. O diretor de uma
instituição de ensino é um professor. E como tal apresenta uma postura
essencialmente pedagógica. No entanto, o que se vê em muitas Unidades de Ensino
é que o professor que assume a função de diretor da instituição se burocratiza,
deixando para segundo plano a parte pedagógica, que deveria ocupar mais seu
tempo, já que esta é essencial no processo de ensino-aprendizagem.Além disso, existem
obstáculos no trabalho do gestor, pois este às vezes se sente pressionado pelos
profissionais que o elegeram, que desejam ser beneficiados de alguma forma,
quando deveriam agir em conformidade com o gestor, contribuindo para uma nova
visão da educação e do ambiente escolar. Dentre os vários
benefícios da gestão democrática, com eleição de diretores, está a maior
participação da comunidade local nas decisões da escola. A escola está mais
aberta a interferências externas e, assim, esse segmento se sente mais à vontade
para expor suas opiniões e sugestões.Para que este
processo de escolha de diretores funcione, é necessário que sejam estabelecidos
critérios que nortearão o pleito e o trabalho do gestor, observando o que
determina a legislação. Assim, evita-se a duplicidade de interpretações e
esclarece as funções do novo diretor
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